segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Deputados vão ao STF para tentar barrar reeleição de Rodrigo Maia

Os deputados Júlio Delgado (PSB-MG), Rogério Rosso (PSD-DF), Jovair Arantes (PTB-GO) e André Figueiredo (PDT-CE) entraram nesta segunda-feira (30) com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir a candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à reeleição.
Os deputados André Figueiredo (PDT-CE), Jovair Arantes (PTB-GO), Rogério Rosso (PSD-DF) e Júlio Delgado (PSB-MG) ingressaram com mandado de segurança no STF para impedir a candidatura de Rodrigo Maia (Foto: Bernardo Caram/G1)
Os quatro deputados são candidatos ao comando da Casa – Rosso anunciou que retomará a campanha. A iniciativa de ir ao STF foi de Júlio Delgado, que anunciou sua candidatura na tarde desta segunda.
Apesar de não ter se lançado oficialmente como candidato, Maia tem trabalhado nos bastidores, em uma espécie de campanha informal, pelo apoio dos demais partidos. Até o momento, nove siglas já declararam apoio ao nome do atual presidente da Casa.
Ao anunciar que concorreria ao pleito, o deputado do PSB informou que ingressaria com o mandado de segurança no Supremo e que iria procurar os demais candidatos para que eles subscrevessem a ação.
Delgado argumenta que, em dezembro de 2016, Maia emitiu um ato que define o rito, a data e os procedimentos da eleição. Para ele, o presidente da Câmara não poderia assinar uma decisão que iria reger sua própria candidatura.
“Se ele quer ser candidato, como estabeleceu um rito para se beneficiar?”, questionou o deputado.
No caso de Maia registrar a candidatura, o mandado pede que a eleição da Câmara seja suspensa, já que, na avaliação do deputado, o ato de dezembro se tornaria inválido. “Se ele registrar a candidatura, esse ato é nulo”, disse.
Segundo a assessoria de imprensa de Maia, a argumentação dos deputados que subscreveram o mandado de segurança é semelhante à já respondida pela Advocacia-Geral da União em uma ação popular de mesmo teor.
A AGU argumentou que a Constituição não é explícita sobre a possibilidade ou não da reeleição de quem tenha sido eleito para completar o mandato de presidente que renunciou. “Diante disso, entende-se que o Supremo Tribunal Federal deverá acatar a decisão política tomada pela Casa Legislativa”, informa.
“Em se tratando de questão afeta ao funcionamento do Congresso Nacional, a solução constitucionalmente adequada deve privilegiar a interpretação conferida à norma pela própria Casa Legislativa, em respeito à sua independência orgânica. Ou seja: o reconhecimento do caráter interna corporis da questão”, completa a nota.

Ação

Na ação, os deputados também pedem a suspensão da eleição, marcada para a próxima quinta-feira (2), até uma decisão final do STF.
O mandado de segurança argumenta que a regra da Constituição que proíbe a reeleição para o biênio seguinte, dentro da mesma legislatura, não permite nenhuma exceção.
Maia tem defendido sua reeleição alegando que foi eleito, no ano passado, para um “mandato tampão”, para substituir o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou ao posto.
“Busca-se impedir a candidatura do atual presidente da Câmara não por medo das urnas, mas pelo dever de proteção e obediência à Constituição Federal. Candidatura viciada expõe a Casa das Leis, ameaça o Estado Democrático de Direito”, diz a peça.
O deputado André Figueiredo disse estar “temeroso com a insegurança jurídica” que a falta de decisão do STF pode causar ao Congresso Nacional.
“Temos a possibilidade de ser reeleito o atual presidente. [...] O Supremo Tribunal Federal não se manifestando, com uma eventual reeleição do Rodrigo Maia, todas as votações podem ser nulas”, disse.
Os candidatos voltaram a argumentar que a Constituição não permite a reeleição do Rodrigo Maia. Para Jovair Arantes, o atual presidente da Câmara provoca distorção na disputa.
“Paridade de armas é fundamental numa disputa como essa. Ele [Maia] está com a caneta na mão, usando toda a pista, como se diz na gíria popular. Isso desiguala o jogo”, afirmou.
Os candidatos solicitaram uma audiência com a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, para tratar do tema, mas disseram que ainda não receberam resposta.

Supremo

O processo foi encaminhado para a relatoria do ministro Celso de Mello, responsável também por outra ação, do deputado André Figueiredo (PDT-CE), com o mesmo pedido.
Como o STF está em recesso, caberá à presidente da Corte, Cármen Lúcia, decidir se atende o pedido de liminar (decisão provisória) para barrar a candidatura de Maia ou levar a questão ao plenário do STF a partir da próxima quarta.
Até o momento, a pauta da Corte não prevê o julgamento das ações contra o presidente da Câmara.

Ações judiciais

Diversas ações judiciais já foram movidas contra a possível candidatura de Rodrigo Maia. Além do mandado de segurança protocolado nesta segunda, o Solidariedade já pediu para o Supremo barrar uma eventual reeleição.
Além disso, o PDT também recorreu à Corte e pediu que Maia sequer seja autorizado a disputar o pleito.
Paralelamente a essas ações, o juiz federal substituto Eduardo Ribeiro de Oliveira, da 15ª Vara Federal de Brasília, atendeu a um pedido e proibiu Maia de concorrer à reeleição. A decisão foi derrubada pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região.

Após quatro dias como foragido, Eike Batista é preso no aeroporto do Rio

Depois de quatro dias foragido, o empresário Eike Batista foi preso na manhã desta segunda-feira (30) ao desembarcar no Aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro.
Resultado de imagem para eikeO correspondente Felipe Santana acompanhou a viagem dele de Nova York até o Rio e entrevistou o empresário antes e durante o voo.
Ninguém imaginava que ele fosse chegar sozinho, muito menos três horas antes do voo. Passou pela segurança como se nem fosse um foragido internacional e ficou na área de embarque comum, mesmo tendo um bilhete da classe executiva.
Primeiro, ele era reconhecido, mas estava sempre ao telefone. E aí, algum tempo depois de entrar na área de embarque do aeroporto JFK, em Nova York, Eike Batista começou a ser abordado por brasileiros. O terminal recebe muitos brasileiros. Dois voos para o Brasil sairiam em pouco tempo. E os comentários em relação a ele se dividiam entre positivos e negativos.
“E aí saiu agora que você estava voltando, falei assim: legal, o cara é firme, não deve nada, não teme”, elogiou um brasileiro.
“E aí? Vai tomar catuaba selvagem com o teu colega Cabral?”, criticou outro.
Repórter: E esse tipo de reação?
Eike: Paciência. É assim, né?
Mas foram mais fotos do que críticas. No clima quase amistoso, ele avisou:
“Estou voltando porque, sinceramente, vou mostrar como é que são as coisas. Simples assim”.
Uma possível delação de Eike Batista poderia ser bombástica. E, pelo que ele disse, parece ser essa a intenção.
“Tem que se mostrar o que é, né? Está na hora de eu mostrar. Ajudar a passar as coisas a limpo. Eu acho que o Ministério Público está passando o Brasil a limpo de uma maneira fantástica”, disse o empresário.
Repórter: Qual vai ser a sua colaboração?
Eike: Vou continuar construindo como sempre construí coisas no Brasil. Nos últimos 16 anos, US$ 40 bilhões que a gente investiu em projetos que são legados.
Repórter: Para cada obra que tem que fazer tem que colaborar com os partidos. Não se pode ser um empreendedor independente no Brasil?
Eike: Olha eu digo que o Brasil que está nascendo agora vai ser diferente porque você vai pedir as suas licenças, você vai passar pelos procedimentos normais, transparentes e, se você for melhor, você ganhou e acabou a história. Para mim está muito claro que isso vai acontecer. Acho que talvez o único no mundo do jeito que está sendo feito no Brasil.
Repórter: Qual o seu pior receio chegando no Brasil?
Eike: Eu estou à disposição da Justiça como um brasileiro, estou cumprindo o meu dever. Estou voltando, essa é a minha obrigação.
Desde quinta-feira (26), as equipes do JN estavam atrás do empresário em Nova York para ouvi-lo depois que a Polícia Federal bateu na casa dele, cedinho, no Rio de Janeiro, e viu que ele não estava lá. Poucas horas depois, entrou na lista de foragidos da Interpol.
Até a própria polícia achou que Eike Batista poderia estar fugindo porque tinha saído do Brasil com passaporte alemão.
O empresário diz que nunca pensou em fugir.
Repórter: E alguma vez passou pela cabeça não voltar?
Eike: Não, jamais. Fiquei surpreso e estou voltando porque sinceramente vou mostrar como é que são as coisas. Simples assim.
Repórter: Vai contar coisas que a gente não sane?
Eike: Como estou nessa fase me entregando para a Justiça, melhor não falar nada. Depois da Justiça, o que for permitido falar vai acontecer depois, agora não dá.
Repórter: Isso altera seus planos? Como são seus planos para o futuro?
EIke: Altera. Vai dizer que não altera?
Eike Batista é acusado de ter pagado propina para o ex-governador do Rio Sérgio Cabral: US$ 16,5 milhões – R$ 52 milhões. Em troca, teria a boa vontade do governador em projetos no Rio.
Em 2016, Eike Batista se apresentou voluntariamente aos investigadores da Lava Jato em Curitiba. Lá, disse que não era da cultura das empresas dele pagar propina.
“Essa é a cultura da casa. Olha, entendo, quando você tem desse tamanho, você não quer fazer nada errado. A minha cultura é a de fazer a coisa certa, tá certo”?, disse na época.
Agora, ele acha que o Brasil vai mudar.
“Olha, eu digo que o Brasil que está nascendo agora vai ser diferente porque você vai pedir as suas licenças, você vai passar pelos procedimentos normais, transparentes e, se você for melhor, você ganhou e acabou a história”, disse.
Os investigadores dizem que o dinheiro da propina saiu da conta de uma das empresas de Eike Batista no Panamá. Para justificar a transferência, foi feito um contrato falso de intermediação de venda de uma mina de ouro. Mas ninguém disse onde ficava essa mina.
Repórter: Tem uma mina de ouro aí. Pode falar sobre?
Eike: (Nega com a cabeça).
Repórter: Mas existia essa mina de ouro?
Eike: (Balança a cabeça em sinal afirmativo).
Repórter: Mas não valia aquilo essa mina de ouro?
Eike: É a maior mina de ouro da Colômbia, 100% minha
Repórter: Mas o que está acontecendo então?
EIke: Melhor eu não... Eu estou sub judice. Eu acho que talvez o Brasil, do jeito que o Brasil está fazendo, nós vamos nos tornar um país bastante único e bacana nesse sentido. Transparência vai ser algo espetacular.
Repórter: Será que a gente consegue chegar lá?
Eike: Ué, não estamos chegando? Eu estou enxergando que sim. É assim que tem que ser.
Repórter: Você então é um entusiasta da Lava Jato.
Eike: Acho espetacular. Se você traz capital, porque o Brasil é um país espetacular para investir em coisas grandiosas como as que eu já fiz, então, fazer isso num ambiente em que todo mundo reconhece que é transparente, é o que precisa. Isso cria valor, multiplica. Demora. Durante é sempre complicado, o Brasil fica com aquela imagem de ser um país corrupto, mas como eu estava falando, os Estados Unidos em 2008, os bancos, o que eles fizeram? Venderam papéis. Nós no Brasil não somos nada em comparação ao que fizeram lá.

Como o Eike tinha um bilhete para classe executiva, ele ia embarcar antes de todo mundo. Estava no meio das pessoas, mas ninguém o incomodou pouco antes do embarque. 
Eike Batista sentou na poltrona 5A da classe executiva, ao lado da porta do avião. O repórter do JN sentou do outro lado do corredor. Ele tomou um comprimido que disse ser um remédio para o estômago. Mexeu muito no celular, mesmo sem estar conectado à internet.
Repórter: Eles te acusam de pagar propina. Você vai admitir?
Eike: Olha, eu já te falei. Eu tenho que responder isso para a Justiça. Eu não posso passar isso para ninguém antes. Senão, não fica legal.

Ele não jantou. Bebeu dois copos de leite.
Repórter: Tem sono bom?
Eike: Tenho, graças a Deus.

Uma hora, depois dormiu no confinamento da poltrona uma noite em liberdade. O empresário acordou meia hora antes do pouso. Também não tomou café. De manhã, parecia mais abalado.

Repórter: Como é que espera que seja essa chegada no Rio hoje?
Eike: Eu não tenho a mais vaga noção.

O avião pousou num dia bonito de sol no Rio de Janeiro de que o empresário tanto gosta. O piloto pediu para que os passageiros ficassem sentados. Cinco minutos depois do pouso, Eike Batista já estava com os policiais federais.

Eike Batista foi retirado do avião antes de todo mundo. Do lado de fora, ele já descia as escadas laterais, os últimos passos dele antes de ir para a cadeia.
Repórter: Você gosta da Lava Jato mesmo que ela possa lhe custar a liberdade?
Eike: Olha, é aquele negócio. Se foram cometidos erros, você tem que pagar pelos erros que você fez. É assim, né?

O Deus de Willian Lane Craig

Americanos acusados de estupro querem usar só a Bíblia em suas defesas

Quando o julgamento de Timothy Ciboro e Esten Ciboro, pai e filho, começar nesta semana, a mesa da defesa terá apenas um livro: a Bíblia.
Na audiência preliminar na sexta-feira (20/1), o pai, acusado de estuprar a filha adotiva, e seu filho, acusado de estuprar a irmã adotiva, disseram à juíza Linda Jennings, de um tribunal de Toledo, Ohio, que querem usar aBíblia em sua defesa (que eles mesmos irão fazer) porque esse é “o único livro que realmente importa”.“Há uma grande quantidade de estratégias nas Escrituras. E eu uso essas estratégias para tudo o que faço na vida. É uma parte importante de tudo o que faço”, declarou o filho. Ele e o pai disseram à juíza que não têm fé na lei dos homens e nas pessoas que a praticam.
De acordo com a acusação, o pai, 53, e o filho, 28, estupraram a criança por três anos (de 2012 a 2015). No último ano, eles a mantinham amarrada no porão da casa. Mas um dia, com 13 anos de idade, ela conseguiu escapar, quando os dois passaram o dia fora. A polícia a encontrou na estrada, com uma mochila e duas sacolas, pedindo ajuda.
Os dois foram presos em maio deste ano. A polícia disse ao jornal The Blade, de Toledo, que eles a alimentavam com restos de comida e a obrigavam a urinar em um balde com amônia. O pai também é acusado de estuprar a irmã mais nova da menina.
Além de estupro, eles são acusados de sequestro e de colocar a vida de uma criança em perigo. Isso significa muitos anos de prisão, o que levou a juíza a insistir que fossem representados por um advogado. Eles recusaram a oferta.
“Profissionais construíram o Titanic. Amadores construíram a arca”, eles disseram. Por isso, eles preferiam confiar em sua fé do que em qualquer profissional, incluindo advogados.
Mesmo assim, a juíza nomeou um advogado para acompanhá-los no julgamento, caso tenham alguma dúvida.
A juíza também permitiu a eles levar uma Bíblia para o tribunal do júri, mas advertiu-os que não poderão usá-la na inquirição de testemunhas. “É a opinião da corte que, embora a Bíblia seja muito importante, não é um livro jurídico que possa ser usado no tribunal do júri”, ela disse.
Os dois protestaram, porque era seu propósito confrontar as testemunhas “com a sagrada palavra de Deus”. “Acreditamos que o uso da Bíblia é fundamental para a nossa defesa”, afirmaram.
Igreja e Estado
Problemas da Justiça americana com religiosos, que afirmam nos tribunais não reconhecer outra lei que não a “Lei de Deus”, acontecem ocasionalmente. Normalmente se baseiam em legislações estaduais como a Lei da Restauração da Liberdade Religiosa — e não na Bíblia.
No estado de Indiana, uma mulher disse que bateu em seu filho com um cabide por causa de convicções religiosas. Ela foi condenada a um ano de prisão com suspensão condicional da pena.
Também em Indiana, um homem processado por sonegar imposto de renda se defendeu, no tribunal, com a mesma lei. Ele alegou que pagar imposto de renda ia contra suas convicções religiosas.
Há religiosos que buscam os tribunais para mover ações judiciais contra qualquer coisa que afronte suas crenças. O exemplo mais recente é o de empresas, de propriedades de religiosos, que foram à Justiça contra o Obamacare, o seguro-saúde dos pobres. Elas se recusam a cobrir, no seguro saúde que oferecem a seus empregados, quaisquer custos de relacionados a controle de natalidade.
Os religiosos também têm ido à Justiça para garantir o que acham que é um direito: fazer orações antes do início de assembleias públicas e sessões legislativas. Ou de manter uma cruz na frente de órgãos públicos.

domingo, 29 de janeiro de 2017

AUTORIDADES ESPERAM QUE EIKE SE ENTREGUE NESTA SEGUNDA

Os advogados do empresário Eike Batista informaram a autoridades que ele irá se entregar nesta segunda-feira (30), de acordo com fonte próxima às discussões. A promessa teria sido feita por escrito, conforme adiantou o colunista Lauro Jardim. O empresário, que tem cidadania alemã, está foragido desde quinta-feira (26). Ele foi visto embarcando em um voo para Nova York utilizando seu passaporte alemão. Caso seja encontrado em território germânico, sua extradição será definida pela Justiça do país.

A Polícia Federal decretou a prisão de Eike na quinta-feira (26). O ex-bilionário foi alvo da Operação Eficiência, que investiga um esquema usado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e outros investigados para ocultar mais de US$ 100 milhões remetidos ao exterior. Desse valor, o Ministério Público Federal (MPF) recuperou apenas 10%.
Não está definido o tipo de prisão para qual será encaminhado, porque há inconsistências sobre a sua formação educacional. Em livro publicado em 2011, Eike afirmou que interrompeu a faculdade de Engenharia na Alemanha "ainda na metade" do curso. O prospecto da Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) da petroleira que fundou, a OGX, traz a informação que ele era "bacharel em Engenharia Metalúrgica pela Universidade de Aachen, Alemanha".
O fato é que, se não comprovar que possui ensino superior, o empresário aguardará julgamento em uma cela comum. 
As investigações da PF apontaram que um dos esquemas investigados é o pagamento de uma propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador pelo empresário Eike Batista e pelo vice-presidente do Flamengo, Flávio Godinho, do grupo EBX, usando a conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá. A propina foi paga a pedido da Cabral.
Paradar uma aparência de legalidade à negociação, foi feito um contrato de fachada para a compra de uma mina de ouro entre a empresa Centennial Asset Mining Fuind Llc, holding de Batista, e a empresa Arcadia Associados.
Eike, Godinho e Cabral também são suspeitos de terem tentado atrapalhar as investigações. 

Muro da Avenida 23 de Maio, em São Paulo, é pichado outra vez

O Muro pintado de cinza pela Prefeitura de São Paulo na Avenida 23 de Maio, na Zona Sul da capital, amanheceu neste domingo (29) com uma nova pichação contra o prefeito João Doria (PSDB). As frases "Viva a pixação (sic)" e "SP, falta saúde, educação e o problema é a pichação?". A frase foi escrita em frente ao local onde havia um painel do grafiteiro Eduardo Kobra. Ainda pela manhã, funcionários da Prefeitura apagaram a pichação.
Quase 40 pessoas já foram detidas desde o começo do ano desde que Doria iniciou uma cruzada contra os pichadores. Neste sábado (28), 12 pessoas foram detidas: seis que estavam pichando um prédio nas esquinas das avenidas São João e Duque de Caxias, no Centro e seis menores apreendidos quando pichavam estabelecimentos comerciais na Rua Estela, na Vila Mariana.
Antes, a Prefeitura já tinha anunciado que iria processar outros 26 pichadores presos em flagrantes este mês por pichar prédios e monumentos públicos. A gestão Doria vai pedir na Justiça o ressarcimento dos danos causados e o pagamento de multas.
A Prefeitura vai solicitar ainda que a Justiça conceda liminares impondo multas em caso de reincidência. "As liminares visam impedir que os acusados voltem a praticar pichação. O recurso a tais ações será utilizado pela Prefeitura de São Paulo sempre que houver dano ao patrimônio público por pichação", diz a nota da administração municipal.
A decisão tem como base a Lei Federal 7.347/85, sobre danos ao patrimônio público. Os processos criminais relativos aos crimes praticados pelos pichadores correrão paralelamente.
Já a lei 12.408 diz no artigo 6º que "pichação é crime que prevê pena de 3 meses a um ano de prisão mais multa". Em caso de monumento ou imóvel tombado, a pena é maior e vai de 6 meses a um ano, mais multa.
Na sexta (27), foi firmado um acordo com o Sindicato dos Taxistas de São Paulo para que eles denunciem pichadores. "Trinta e oito mil taxistas vão acionar a Guarda Civil Metropolitana, a qualquer hora do dia ou da noite, quando virem alguém pichando ruas ou monumentos", disse Doria. Segundo ele, o acordo começa a valer no dia 1º de fevereiro.

Trump dá 30 dias para Pentágono criar plano para derrotar Estado Islâmico

 Donald Trump, assinou neste sábado (28) uma ordem executiva com instruções para que o Pentágono apresente em 30 dias uma estratégia para derrotar o grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
Neste sábado, Trump telefonou ao presidente russo, Vladimir Putin, com quem conversou sobre ações para combater o grupo terrorista.
Ao final do telefonema entre os dois, a presidência russa informou que os dois chefes de Estado querem "uma real coordenação contra o EI na Síria", uma opção que os militares americanos observam com desconfiança, considerando que os russos estão na Síria para apoiar o regime de Bashar al Assad.
Na sexta-feira, Trump reuniu-se com os comandos militares no Pentágono para tratar a forma de acelerar o combate ao EI, segundo uma autoridade militar que não deu maiores detalhes.
O presidente americano pode decidir modificar a estratégia de seu antecessor, Barack Obama, que queria evitar a todo custo a implicação de tropas americanas nos combates no terreno e havia assumido essencialmente um papel de assessoramento.
No momento, o governo norte-americano mobiliza pouco mais de 5 mil militares no Iraque e 500 soldados de suas forças especiais na Síria, apoiando as forças democráticas sírias.
Aviões americanos e de uma coalizão internacional comandada por Washington bombardeiam diariamente os extremistas desde o verão de 2014 no hemisfério norte.

sábado, 28 de janeiro de 2017

TEMER ESTÁ EM PELO MENOS QUATRO DAS 77 DELAÇÕES DA ODEBRECHT

Assim que a ministra Cármen Lúcia homologar as 77 delações premiadas da Odebrecht, o que deve ocorrer até a terça-feira 31, Michel Temer terá novos constrangimentos.
Além de já ter sido citado 43 vezes na delação premiada do executivo Cláudio Melo Filho, lobista da empreiteira em Brasília, por ter pedido R$ 10 milhões no Jaburu , ele aparecerá em pelo menos mais três delações: as de Marcelo Odebrecht, Márclo Faria e Benedicto Júnior.
Este último relatou um jantar que envolveu Temer, Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, e Moreira Franco, para tratar de corrupção na Caixa Econômica Federal e contribuições de campanha, segundo informações do jornalista Mauricio Lima, editor da coluna Radar.
Uma operação recente da Polícia Federal revelou que Geddel Veira Lima, braço direito de Temer, e Eduardo Cunha cobravam propinas de empresas que levantavam recursos na Caixa 

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, deve trabalhar durante o fim de semana para construir sua decisão sobre as delações de 77 executivos da Odebrecht, podendo inclusive ir ao seu gabinete, na sede da Suprema Corte.
Mas a chance de a ministra anunciar sua decisão sobre as homologações no sábado ou no domingo é muito pequena, na avaliação de uma fonte com conhecimento do assunto.
Com a morte do ministro e relator dos processos da Lava Jato no Supremo, Teori Zavascki, em queda de avião na semana passada, ficou nas mãos de Cármen Lúcia a tarefa de decidir tanto sobre as homologações, quanto sobre quem herdará a relatoria.
Na avaliação dessa fonte, a ministra tem os instrumentos necessários para, se considerar oportuno, determinar a homologação. Ela pode, inclusive, homologar apenas parte das colaborações.
Como plantonista do recesso do Judiciário, Cármen Lúcia pode decidir questões urgentes até o dia 31 de janeiro. Além disso, na terça-feira o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF um pedido de urgência para a homologação das delações, abrindo espaço para a presidente do Supremo autorizar as homologações antes do início dos trabalhos, no dia 1º de fevereiro.
A abertura do ano judiciário, prevista para a próxima quarta-feira, é encarada por essa fonte como um “divisor de águas” para a ministra externar sua decisão. 

Zuckerberg lembra Trump que os EUA "é um país de imigrantes"

Mark Zuckerberg
"Meus bisavôs vieram da Alemanha, Áustria e Polônia. Os pais de Priscilla (sua esposa) eram refugiados provenientes da China e Vietnã. Os Estados Unidos é um país de imigrantes, e devemos ter orgulho disso", escreveu Zuckerberg, em seu perfil oficial na rede social.
"Como muitos de vocês, estou preocupado pelo impacto das recentes ordens executivas assinadas pelo presidente Trump", afirmou.
Trump assinou na última quarta-feira duas ordens executivas relativas à segurança nas fronteiras, nas quais destaca "a construção imediata" de um muro na fronteira com o México e a retirada de fundos para as cidades que protejam aos imigrantes ilegais da deportação.
O presidente americano também assinou nesta sexta uma ordem executiva sobre medidas de apuração de pessoas que vêm aos EUA para "proteger ao país da entrada de terroristas estrangeiros".
Trump disse que o objetivo é "manter os terroristas islâmicos radicais fora do país", para garantir que "não se admita no país a mesma ameaça contra os nossos soldados lutam no exterior".
Além disso, suspende a emissão de vistos para pessoas procedentes do Irã, Síria, Iraque, Somália, Sudão, Iêmen e Líbia até que se estabeleçam medidas de "extremo controle" para que não entrem terroristas destas nações, todas de maioria muçulmana.
"Necessitamos que o país seja seguro, mas devemos fazê-lo concentrando-se nas pessoas que realmente representam uma ameaça", disse Zuckerberg, que acredita que expandir esse veto pessoas inocentes "faria com que todos os americanos estejam menos seguros ao desviar recursos" e provocaria que milhões de imigrantes ilegais "vivam com medo de ser deportados".
Além disso, o fundador do Facebook sustentou que os EUA deveriam "manter as portas abertas aos refugiados e a aqueles que necessitam de ajuda".
Por último, em sua carta, Zuckerberg se mostrou esperançoso pelas palavras do presidente sobre os "sonhadores", jovens imigrantes ilegais que chegaram ao país sendo crianças, para os que prometeu trabalhar em uma solução para sua situação.
E enfatizou as palavras do presidente, ressaltando que o país deve continuar se beneficiando de estrangeiros "com grande talento".

"Há alguns anos, dei uma aula em uma escola secundária e alguns de meus melhores alunos eram imigrantes ilegais. Eles são nosso futuro também", concluiu.

Google ordena aos seus funcionários que regressem aos EUA

GoogleA primeira semana de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos foi tudo menos pacífica. Várias decisões vieram colocar em causa a liberdade de muitos imigrantes residentes nos Estados Unidos, e foram várias as medidas aplicadas que visaram, de forma directa, todos os não americanos.
Provavelmente, a mais impactante é a decisão de proibir a entrada, nos Estados Unidos, de imigrantes de vários países. A Google já reagiu a esta decisão e ordenou a todos os seus funcionários que regressassem imediatamente aos EUA.Não têm sido aceites, de forma pacífica, as decisões de Donald Trump desde que assumiu o cargo de Presidente dos Estados Unidos. A sua fixação nos imigrantes, sobretudo dos países árabes, levou a que emitisse, no final da semana, uma ordem para os proibir de entrar nos EUA, mesmo aqueles que têm vistos de residência e autorização para trabalhar no país.
A Google, uma das maiores empresas americanas, tem como parte da sua força de trabalho funcionários que são estrangeiros e, por isso, imigrantes. Para prevenir problemas a estes funcionários, o CEO da Google, Sundar Pichai, emitiu um memorando interno que pede aos seus funcionários, que estejam abrangidos pela interdição de entrada, que regressem imediatamente aos Estados Unidos.
A ordem que Donald Trump emitiu afecta 7 países de forma directa. Os cidadãos do Iraque, Irão, Sudão, Somália, Yemen e Líbia estão banidos de entrar nos EUA nos próximos 90 dias, assimm como cidadãos (refugiados) da Síria, de forma permanente.
Google

O impacto desta decisão na Google

O site Bloomberg reportou que, a Google, deverá ter cerca de 100 funcionários fora dos EUA e que, provavelmente, vão ter problemas em regressar. Estes fazem parte de um grupo de 187 funcionários que são oriundos das nacionalidades afectadas.
Segundo alguns orgãos de comunicação americanos, existem já casos de imigrantes norte americanos a serem barrados nos aeroportos de origem ou assim que entram nos EUA, cumprindo a ordem dada por Trump.
A Google não será a única empresa a ser afectada por esta ordem, pois muitas outras dependem de funcionários especializados. que são imigrantes, podendo vir a ter, igualmente, problemas. Resta saber se a ordem será aplicada contra os imigrantes autorizados ou se será limitada apenas aos que estão agora a chegar aos EUA.

A reacção do Irão à ordem de Trump

Horas depois da decisão de Donald Trump ter sido anunciada, o Irão reagiu de forma firme. Para além de criticar a decisão tomada, resolveu responder da mesma forma, bloqueando a entrada de cidadãos americanos no país.
A ordem teve também aplicação imediata e deverá manter-se até que, os EUA, revoguem a decisão de barrar a entrada dos cidadãos iranianos no seu país.
O governante iraniano ordenou ainda que os seus serviços diplomáticos ajudem os cidadãos, que foram impedidos de retornar às suas casas e aos seus locais de trabalho nos EUA.

Silas Malafaia chama Madonna de "aberração" e "lixo moral"

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Políticos Fanáticos Religiosos e Conservadores São Uns Merd@s.

Nome de Eike Batista é incluído em lista de foragidos da Interpol

O empresário Eike Batista é considerado formalmente foragido da Justiça. A GloboNews informou na tarde desta quinta-feira (26) que o nome de Eike foi incluído na lista de difusão vermelha da Interpol, o que possibilita sua prisão por qualquer força policial do país em que esteja.
Eike teve sua prisão decretada pela Justiça no âmbito da operação Eficiência, que investiga a participação do empresário em um esquema de lavagem de dinheiro desviado de obras públicas e enviado para o exterior. O beneficiário dos recursos enviados para contas em paraísos fiscais era o ex-governador Sérgio Cabral.
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, decretou a prisão do empresário por considerar que Eike mentiu ao prestar depoimento ao Ministério Público Federal (MPF). Segundo as investigações, ele pagou US$ 16,5 milhões (cerca de R$ 52 milhões) em propina a Cabral em troca de facilitações para fechar contratos públicos no Rio.
Eike Batista embarcou para Nova York (EUA) na última terça-feira (24),segundo confirmou seu advogado, Fernando Martins, que também afirmou que seu cliente está "à disposição para esclarecer tudo".
O grupo de Cabral é suspeito de ocultar no exterior aproximadamente US$ 100 milhões (cerca de R$ 340 milhões), dos quais o ex-governador teria ficado com US$ 80 milhões. Ao todo, foram expedidos nove mandados de prisão preventiva (sem prazo para terminar), mas três dos alvos já estavam presos: além de Cabral, seus operadores Wilson Carlos e Carlos Miranda.