domingo, 1 de janeiro de 2017

Atentado de Istambul busca 'semear o caos' na Turquia, diz Erdogan

esidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou neste domingo (1º) que o atentado que deixou 39 mortos em uma boate de Istambul durante as celebrações do Ano Novo tinha por objetivo "semear o caos no país".
 Foto mostra casa noturna Reina na manha deste domingo (1º), depois de ataque que deixou mortos e feridos  (Foto: Reuters/Umit Bektas)"Agem para destruir a moral do país e semear o caos com estes ataques de ódio contra civis", declarou Erdogan em sua primeira reação ao massacre, segundo um comunicado publicado pela presidência.

Entenda o ataque

O autor do ataque entrou atirando em uma casa noturna em Istambul, deixando 39 mortos e 69 feridos. Segundo o ministro do interior, Suleyman Soylu, há 16 estrangeiros entre os 21 mortos já identificados. Oito dos feridos estão em estado crítico, segundo a emissora de televisão Al Jazeera.
Segundo Soylu, o atirador segue foragido e está sendo procurado em uma operação policial. O governador de Istambul, Vasip Sahin, afirmou que o atirador agiu sozinho e classificou o caso de "ataque terrorista".
O ataque aconteceu no Reina, um dos clubes mais populares de Istambul, que também tem uma área de bar e restaurante. Os tiros começaram por volta da 1h30 da madrugada de domingo na Turquia (20h30 de sábado em Brasília), quando havia cerca de 700 de pessoas no estabelecimento.
Testemunhas chegaram a dizer que dois homens fantasiados de Papai Noel entraram no local e atiraram aleatoriamente, sem escolher vítimas específicas. Porém imagens de câmeras de segurança mostram apenas um suspeito do lado de fora da boate e ele vestia um casaco preto.

Chefes de estado se manifestam

Neste domingo, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, condenou o atentado, classificando-o como "desumano e traiçoeiro", em mensagem enviado ao presidente Erdogan. "Os terroristas voltaram a atacar seu país", disse a líder alemã que, além de expressar a Erdogan essa condenação, transmitiu suas condolências às famílias e pessoas próximas das vítimas.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, também manifestou sua solidariedade a Erdogan. "É difícil imaginar um crime mais cínico que o assassinato de pessoas pacíficas no apogeu da festa de Ano Novo. Mas os terroristas são completamente alheios aos conceitos da moral humana", escreveu Putin em sua mensagem ao presidente turco. O líder russo reiterou que "o dever comum é repelir decididamente a agressão terrorista". A assessoria de imprensa do Kremlin acrescentou que Putin confirmou a Erdogan que "a Rússia foi e continua sendo um aliado confiável da Turquia" na luta contra o terrorismo.
Já a Casa Branca emitiu um comunicado no qual afirma seu apoio à Turquia e ao combate ao terrorismo. "Os Estados Unidos condenam em seus mais fortes termos o horrível ataque terrorista em uma casa noturna em Istambul... Que uma atrocidade dessas possa ter sido perpetrada em pessoas inocentes, muitas das quais celebrando o Ano Novo, destaca a selvageria dos atacantes... Reafirmamos o apoio dos Estados Unidos à Turquia, nosso aliado na OTAN, em nossa compartilhada determinação em confrontar e derrotar todas as formas de terrorismo", diz o texto.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse: "Vimos neste fim de semana (...) outro ataque mortal na Turquia. Mandamos condolências às famílias daqueles que foram mortos e os melhores votos de recuperação para os feridos."
O presidente do Líbano, Michel Aoun, enviou uma mensagem de pêsames a Erdogan, condenando o ataque e ressaltando a importância da cooperação e coordenação para fazer frente ao terrorismo e eliminá-lo pela raiz, segundo a Agência Nacional de Notícias.
O Ministério das Relações Exteriores do Egito prestou em comunicado sua solidariedade para acabar com este "fenômeno abominável".
A chancelaria do Bahrein condenou energicamente o ataque terrorista "brutal" e expressou suas condolências ao governo turco e aos familiares das vítimas.
Em comunicado divulgado pela agência de notícias oficial, "BNA", o governo barenita expressou sua solidariedade com a República "irmã" da Turquia e sua rejeição à violência e ao terrorismo.
O governo dos Emirados Árabes Unidos condenou o atentado em comunicado de seu Ministério das Relações Exteriores publicado pela agência de notícias "WAM", no qual afirmou que a violência e o terrorismo evocam um reforço da "cooperação internacional para erradicar esta perigosa praga que ameaça a segurança e a estabilidade no mundo todo".
O Kuwait condenou e rejeitou o ataque "terrorista brutal" em comunicado divulgado pela agência de notícias oficial, "Kuna", que denuncia "a brutalidade das práticas terroristas".
"Um ataque armado covarde contra civis inocentes. Minhas condolências a suas famílias e meu afeto para o povo da Turquia", afirmou a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, em mensagem no Twitter.
Já o chefe de governo da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, destacou através desta mesma rede social o "trágico começo" de 2017 que representa este "atentado covarde", cometido pouco depois da meia-noite (horário local da Turquia), na virada do ano novo.
O governo sueco, por sua vez, se manifestou através da ministra de Relações Exteriores, Margot Wallström, que transmitiu através do Twitter sua "maior condenação", assim como suas condolências aos familiares das vítimas.
O primeiro-ministro da Finlândia, Juha Sipilä, divulgou em seu perfil na rede social uma mensagem de condenação e estupor por um ataque que, segundo ele, custou a vida de civis inocentes.
O Papa Francisco também condenou o atentado e criticou "a praga do terrorismo e essa mancha de sangue que envolve o mundo com uma sombra de medo e de perda". "Infelizmente, a violência também aconteceu nesta noite de celebração e esperança. Com profunda dor, expresso minha proximidade ao povo turco, minhas preces pelas muitas vítimas e feridos, e por toda a nação em luto", disse o papa após a oração do Ângelus.
 (Foto: Infográfico G1)

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