quarta-feira, 31 de maio de 2017

ATEU EM FAMÍLIA / O MOMENTO DA ORAÇÃO

Danilo Gentili e o Cheiro de Taióca

Supremo autoriza PF a interrogar Temer no caso das gravações da JBS

Resultado de imagem para temerO ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, acolheu pedido do procurador-geral da República e autorizou depoimento do presidente Michel Temer, no caso das gravações da JBS. Fachin ainda deu prazo de dez dias para Polícia Federal concluir o inquérito.
O ministro Luiz Edson Fachin deu 24 horas para que o presidente Michel Temer responda às perguntas da Polícia Federal. O prazo começa a valer a partir do momento em que o presidente receber as perguntas.
Fachin atendeu ao pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que considera fundamental que Temer seja ouvido no inquérito em que ele é investigado por suspeita de corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa.
O ministro-relator da Lava Jato lembrou que investigado não tem direito de escolher quando vai depor. E que independentemente do cargo, deverá comparecer perante à autoridade competente em dia, hora e local para prestar depoimento. Mas Fachin atendeu a um pedido do presidente e permitiu que ele responda às perguntas por escrito, porque entendeu que não prejudica a investigação.
O ministro Edson Fachin negou o pedido dos advogados do presidente, que queriam que Temer fosse ouvido só depois que a Polícia Federal terminasse a perícia na gravação da conversa feita por Joesley Batista. Segundo a PF, a perícia pode demorar 30 dias. Fachin quer concluir as investigações antes disso. Ele determinou prazo de dez dias para Polícia Federal concluir o inquérito.

Segundo Fachin, o prazo é porque há uma pessoa presa relacionada à investigação: Roberta Funaro, irmã do doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. A partir da conclusão do inquérito, a prisão dela pode ser reavaliada.
A defesa do presidente Michel Temer declarou que o presidente não se negará a responder às questões, mas insistiu que perguntas referentes ao áudio gravado por Joesley Batista só poderiam ser respondidas quando a perícia for concluída.
A Polícia Federal ainda não divulgou as perguntas. A defesa do presidente ressaltou que ele tem se manifestado no sentido de prestar plena colaboração à Justiça.

Morre menino com câncer atendido ao lado de lixo em hospital

infantil-5110346.jpgAlan Gonçalves Trabach, com 9 anos, faleceu após uma luta contra o câncer nos rins que durou quase quatro anos e a forma como foi tratado no Hospital Infantil de Vitória mostra o descaso com a população.
Ele foi fotografado, este mês, por mães que reivindicavam conseguir leitos de internação, recebendo medicação sentado em uma cadeira de plástico ao lado de uma lixeira. Não havia mais vaga na enfermaria oncológica, de acordo com as mães, só surgem quando outras crianças morrem.
O garoto teve falência múltipla dos órgãos e não resistiu. “Ele foi internado e no último dia 19 foi transferido para o Hospital Infantil, em Vitória, mas a médica nos falou que o caso dele não tinha mais jeito. Pedi para transferi-lo para outro hospital, ela disse que outro hospital não teria recursos. A morte dele foi um choque, pois por mais que a situação dele era crítica, acreditávamos que ele tinha chances”, lamenta a tia do garoto.

Jovem que retirou mais de 20 tumores morre em São Paulo

A estudante de 21 anos que lutava desde os 7 anos contra uma síndrome rara que faz com que tumores se espalhem pelo corpo morreu no começo da noite desta segunda-feira (29) em Jaú (SP). Desde 2015, o G1 acompanhava a história da Mayara Gromboni, que devido à síndrome de Le Fraumeni teve que retirar 27 tumores.
Mayara Gromboni (Foto: Reprodução/TV TEM)Na época ela já havia retirado 23 tumores e fazia um tratamento para tentar eliminar outros quatro que apareceram em um dos braços.
Ela fez até uma campanha nas redes sociais para conseguir o tratamento, no entanto, a quimioterapia localizada não surtiu o efeito esperado e ela teve que amputar parte do braço em junho de 2016.
Desde março deste ano a jovem fazia uma campanha em busca de doadores de sangue para controlar a taxa de hemoglobina no sangue. Ainda não há informações sobre horário do velório e enterro.

Luta da família

A luta constante pela vida de Mayara começou aos sete anos de idade. Durante todo o tratamento, ela retirou 27 tumores. Aos 19 anos fez quimioterapia localizada, mas não surtiu o efeito esperado e ela teve que amputar parte do braço.
Apesar da doença, ela estava sempre sorrindo. Em uma entrevista ao G1, Mayara deixou uma mensagem de esperança e da forma como via o mundo.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

NOVO MINISTRO DA JUSTIÇA JÁ QUESTIONA PF E INQUÉRITO CONTRA TEMER

Beto Barata/PREscolhido a dedo por Michel Temer para tentar esvaziar as investigações da Polícia Federal, especialmente a Lava Jato, e por seu alegado bom trânsito com membros do Judiciário, o novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, não esconde a que veio; com menos de 24 horas no cargo, já anunciou que "vai avaliar" mudanças o comando da Polícia Federal; em entrevista na sexta, antes de ser publicamente anunciado na pasta, Torquato questionou ainda as bases do inquérito da JBS contra Temer e minimizou o fato de o encontro como empresário ter sido na calada da noite e fora da agenda oficial, como manda a lei; para ele, faz parte da “cultura parlamentar” do presidente ser “afável e acessível a qualquer hora e qualquer lugar”; Torquato também questionou a validade e a legalidade da gravação de Joesley Batista; com sua nomeação para a Justiça, Temer mostra que vai para o tudo ou nada para permanecer no Planalto

O nome ministro da Justiça, Torquato Jardim não esconde a que veio. Horas após sua indicação, já disse que "vai avaliar" mudanças no comando da Polícia Federal.
Alçado ao Ministério da Justiça no auge da tensão entre Michel Temer e os operadores da Lava Jato em Brasília, defendeu que outras associações do Ministério Público Federal, além da ANPR (Associação Nacional de Procuradores da República), façam listas para disputar o comando da PGR (Procuradoria-Geral da República), hoje nas mãos de Rodrigo Janot.

Ele é ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), corte que julga daqui oito dias ação que pode levar à cassação do presidente. Em resposta enviada por sua assessoria, disse que o julgamento "será técnico".
"Eu vou avaliar [mexer no comando da PF]. Vou ouvir a recomendação do presidente, de outras personalidades que conhecem o assunto, fazer o meu próprio juízo de valor e decidir. Não vou me precipitar nem antecipar nada", disse Torquato.
Questionado se sua nomeação era para melhorar a interlocução de Temer com os tribunais superiores, ele respondeu:
"Historicamente o Ministério da Justiça sempre foi o canal de comunicação do Executivo com o Judiciário. De modo que esse papel dentre todos os que tenho que desempenhar é o que menos me preocupa. Tenho 40 anos de experiência, advoguei em todos os tribunais. Fui assessor do STF, ministro do TSE. Eu conheço a lógica da magistratura.
O que interessa, em primeiro lugar, é a economia. A crise não é política –a mídia transformou em crise política–, mas econômica.
Em segundo lugar, a parceria do Executivo com o Congresso está intocada. Serão votadas todas as reformas, trabalhista, da Previdência, o financiamento das dívidas dos municípios."
Em entrevista ao Estado de S.Paulo, Torquato Jardim questionou as bases do inquérito contra Michel Temer. 
"Primeiro, precisa ficar esclarecido se o empresário, quando vai falar com o presidente, se ele já estava comprometido com delação ou não. Se ele foi por conta própria, essa gravação é clandestina e ilegal. Se ele já estava em processo de delação, surge um outro problema constitucional muito sério, já que uma ação controlada contra um presidente da República tem que ter a autorização prévia de um ministro do Supremo Tribunal Federal, e isso não houve, sabidamente não houve. Então, ela é nula também. E mais, há abuso de autoridade, há crime funcional de quem autorizou a gravação."

Em delação, Joesley Batista diz que Aécio pediu para ele comprar imóveis no Rio e em BH para pagar dívidas

O senador Aécio Neves, em imagem do dia 7 de abril de 2017 (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)O senador afastado Aécio Neves (PSDB) divulgou nessa semana um vídeo dizendo que jamais ganhou dinheiro com a vida pública, mas, de acordo com a delação do empresário Joesley Batista, dono da JBS, milhões de reais eram repassados ao senador em um esquema que envolvia compra e venda de imóveis em diversas cidades.
No último dia 18, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Patmos, na qual cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Aécio. Na ocasião, a irmã do senador, Andrea Neves, e um primo dele, Frederico Pacheco, foram presos.
Segundo as delações de Joesley Batista, o prédio onde mora a mãe de Aécio é uma cobertura de dois andares com piscina e vista para a praia. O condomínio mensal é de R$ 18 mil e fica no bairro nobre de São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ainda de acordo com o empresário, o apartamento seria usado em um esquema para repassar R$ 40 milhões a Aécio Neves. A intermediária seria a irmã do senador, Andrea Neves, presa no dia 18, na Grande BH.
A negociação teria sida feito com Batista no mesmo dia em que, segundo o empresário afirmou, Aécio teria lhe pedido R$ 2 milhões.
Joesley: O dia que a Andrea me procurou. Ele me pediu esses R$ 2 milhões e me pediu e falou que precisava de outros R$ 40 milhões. E que os R$ 40 milhões a mãe dela tinha um apartamento no Rio de Janeiro, se eu não queria comprar esse apartamento... pra poder... e parece que o apartamento existe. Eu não sei se vale os R$ 40 milhões. mas aí eu nem fui lá, nem nada.
Procurador: esse apartamento seria de quem?
Joesley: seria da mãe dela. Onde a mãe dela mora. Da mãe deles.
Procurador: e eles estavam precisando de R$ 40 milhões?
Joesley: e sugeriram que eu comprasse o apartamento da mãe com R$ 40 milhões.
O Fantástico pediu a opinião de 12 corretores do Rio de Janeiro.
Nenhum considerou que o apartamento valha mais que R$ 20 milhões.
“Eu acho que não cabe R$ 40 milhões naquela região que a gente tá falando. Eu acho absurdo”, falou o corretor Renato Moura.
O Fantástico perguntou para um especialista em imóveis de luxo uma estimativa do real valor do imóvel. Ele aceitou dar entrevista, com a condição de não ter seu nome divulgado.
“Nós estaríamos falando numa faixa de R$ 17 a R$ 18 milhões, para estar muito bem vendido. R$ 40 milhões nem pensar? Não, não tem chance. R$ 40 milhões comprava dois desse”.
Em nota ao Fantástico, a assessoria do senador disse que "o imóvel é uma cobertura duplex de 1,2 mil metros quadrados", que "foi avaliado entre 35 e 40 milhões de reais" e que pertence a uma 'pessoa jurídica de propriedade exclusiva da mãe do senador".
A nota confirmou ainda que "a venda foi proposta ao empresário Joesley Batista pela irmã do senador Aécio Neves". E que o imóvel "é de propriedade da família há mais de 30 anos e foi avaliado por corretores autorizados".
A assessoria apresentou uma avaliação, feita por uma corretora de São Paulo, avaliando o imóvel em R$ 36 milhões.
Um site da Secretaria Municipal de Fazenda do Rio faz simulações dos valores de imóveis. O usuário, que precisa ser cadastrado, informa o endereço, o número de inscrição no IPTU e o site estima o valor. Pra este imóvel, o resultado é R$ 15 milhões.
Em um vídeo divulgado na internet essa semana, Aécio Neves se defendeu das acusações de que pretendia usar o apartamento como forma de receber propina. “Fiz isso porque não tinha dinheiro. Não fiz dinheiro na vida pública. E eu reafirmo aqui: não cometi qualquer crime”.
A verba da cobertura para o grupo de Joesley Batista acabou não se concretizando, mas ainda segundo a delação do empresário, outro prédio, em Belo Horizonte, também teria sido usado no esquema.
No prédio funcionava o jornal "Hoje em Dia", na Região Centro-Sul da capital mineira. Na delação, Joesley Batista disse que o Grupo J&F comprou o imóvel como parte de uma negociação pra repassar dinheiro ao hoje senador afastado Aécio Neves.
“Em 2015, ele seguiu precisando de dinheiro, e eu acabei, através da compra de um prédio, não sei como lá em Belo Horizonte, por 17 milhões, esse dinheiro chegou nas mãos dele. E depois no ano seguinte, em 2016... ele dizendo que esses 17 milhões era para pagar restos de campanha, e tal”.
O prédio ocupa dois terrenos, com números diferentes. Nos registros, o valor de compra foi de R$ 18 milhões.
Ricarco Saud: esse prédio é o seguinte... O Aécio, desculpa a palavra, virou uma sarna em cima do Joesley. Ficava ligando: ele, a irmã, o primo, pra mim, pro Joesley... 24 horas... que ele saiu da campanha devendo demais, que precisava acertar a vida dele... que tava com dificuldade muito grande, que não tinha como não fazer e tal.
Procurador: pedindo dinheiro?
Saud: pedindo dinheiro... dinheiro... dinheiro... propina... dinheiro não, propina. Propina... Propina...
A J&F não está usando o prédio para nada. Ele está fechado. A documentação do imóvel mostra que o processo de compra e venda não seguiu os padrões que se espera de uma negociação envolvendo milhões de reais.
Antes da venda, o prédio era alvo de uma sequência de penhoras devido a pendências trabalhistas da Ediminas, dona do jornal "Hoje em Dia". Apesar disso, a J&F foi adiante com o negócio.
O que seria arriscado e também um motivo pra desvalorização do imóvel, segundo o presidente da Comissão de Direito Imobiliário da Ordem dos Advogados do Brasil, em Minas Gerais. “Se observa um imóvel de alto risco porque tem várias ações contra a empresa vendedora. Seria comum um pagamento com valor inferior a R$ 18 milhões”, disse Kênio Pereira.
Joesley Batista disse que sabia que o prédio era do jornal, mas reforçou que a compra seria para beneficiar Aécio Neves.
MP: quem indicou?
Joesley: era uma pessoa ligada a ele. Um amigo dele que tem esse imóvel. Aí, esse dinheiro deve ter chegado a mão dele de alguma forma.
Procurador: o que que funciona nesse prédio hoje?
Saud: nada... tá lá tentando vender pela metade do preço, não vende... Tá à venda... Nós não precisávamos dele nada... Foi única e exclusivamente para atender um pedido do senador Aécio.
Em nota, o senador afastado Aécio Neves diz que desconhece a compra ou venda de prédio da JBS em Belo Horizonte, e que são falsas as declarações dadas por Joesley Batista.
Na escritura de compra e venda, a empresa dona do prédio foi representada por Flávio Jacques Carneiro, que na época era um dos donos, e Antônio Carlos Tardeli, que era executivo da empresa.
A reportagem procurou os dois. Por e-mail, eles afirmaram que não houve superfaturamento, nem repasse de valores a Aécio Neves e que os pagamentos foram creditados para o jornal "Hoje em Dia".
Em março de 2016, uma ação judicial pediu o bloqueio do pagamento para cobrir pendências trabalhistas do jornal, mas segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), o dinheiro não foi encontrado.
Mas, segundo os promotores, o dinheiro pago pelo Grupo J&F nunca foi encontrado.
O repórter Ismar Madeira pergunta ao procurador do MPT Victorio Rettori se o dinheiro sumiu. Ele responde que não se sabe. “Houve uma alegação de que esse dinheiro teria sido utilizado para o pagamento de dívidas do jornal Hoje em Dia, mas não há no processo documentos que comprovem essas alegações”.

Operação Patmos

A Operação Patmos foi deflagrada com base nas delações de executivos da JBS no âmbito da Operação Lava Jato. Em razão do que foi informado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin afastou Aécio Neves do mandato parlamentar. O STF também liberou o conteúdo da delação dos donos da JBS; veja principais pontos.
Na diligência, a PF descreve ter apreendido "diversos documentos acondicionados em saco plástico transparente dentre eles 01 papel azul com senhas, diversos comprovantes de depósitos e anotações manuscritas, dentre elas a inscrição 'cx 2'".
O senador afastado passou a ser investigado por acertar com Joesley Batista, dono da JBS, o pagamento de R$ 2 milhões.
Joesley entregou ao Ministério Público gravação de uma conversa com Aécio na qual eles combinam como será feito o repasse. Ao empresário, Aécio disse que precisava do dinheiro para pagar advogados que o defendem na Lava Jato.

Acidente entre carro e caminhão deixa feridos e congestiona Marginal do Tietê

Ao menos quatro pessoas ficaram feridas em colisão entre um caminhão e um veículo de passeio na Marginal do Rio Tietê, na zona norte de São Paulo, por volta das 6h15 desta segunda-feira (29). O acidente aconteceu no sentido da Rodovia Ayrton Senna, na pista central da marginal, próximo à Ponte das Bandeiras.
Pelo menos três pessoas foram retiradas das ferragens do veículo de passeio. O Corpo de Bombeiros ainda não confirmou o número total de vítimas atendidas.
A pista central ficou totalmente bloqueada, provocando congestionamento desde a altura da Ponte Júlio de Mesquita Neto, a cerca de seis quilômetros do local da colisão. O trânsito também ficou lento nas pistas local e expressa. Os veículos foram retirados da pista por volta das 7h, e o trânsito começou a se normalizar.

Artistas comandam ato no Rio por saída de Temer e 'diretas-já'

Diretas Já CopacabanaRio, 29 - Milhares de pessoas se reuniram na tarde deste domingo, 28, na orla de Copacabana, na zona sul do Rio, para pedir a saída do presidente Michel Temer e a convocação de eleições diretas. O ato, que começou às 11h e terminou por volta de 18h30, contou com a presença de nomes do mundo artístico, como Caetano Veloso e Wagner Moura. Os organizadores estimaram o público em 100 mil pessoas, mas não houve contagem de órgãos oficiais.

Sobre um trio elétrico se revezaram, além de Caetano e Moura, músicos e atores como Milton Nascimento, Maria Gadú, Teresa Cristina, Criolo, Mano Brown, BNegão, Daniel de Oliveira, Sophie Charlotte e Serjão Loroza. O ato começou com discursos de políticos de partidos de oposição a Temer. A maioria comparou o movimento atual com a campanha pelas Diretas-Já, realizada entre 1983 e 1984.

A manifestação também contou com a presença de entidades sindicais, movimentos estudantis e partidos da oposição, como PSOL, PT, Rede e PC do B. Políticos fizeram discursos rápidos nos intervalos dos shows, exaltando a importância da pressão popular para a aprovação, no Congresso, de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê eleições diretas, no caso de um eventual afastamento do presidente.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AM) afirmou que se trata da pior crise do País desde a ditadura militar. "As melhores soluções para crises anteriores ocorreram quando o povo foi às ruas: foi isso o que derrubou o governo militar e que derrubou Collor (o então presidente Fernando Collor de Mello, que sofreu impeachment em 1992)", disse. Além dele, os deputados federais Wadih Damous (PT-RJ) e Alessandro Molon (Rede-RJ), além de Lindbergh Farias (PT-RJ), também discursaram.

Embora fosse um ato político, a maioria do público ignorou a presença dos parlamentares e quis saber mesmo de tietar os artistas. O ator Wagner Moura foi um dos mais aplaudidos e requisitados para selfies. "Não é possível Temer continuar, nem esse Congresso escolher seu substituto. Pode não ser ilegal, mas é imoral e ilegítimo. E o ovo da serpente são essas reformas trabalhista e previdenciária", discursou.

Todos os cantores entoaram o coro "Fora, Temer" em algum momento de suas apresentações. Mart’nália foi além: cantou "Madalena do Jucu", famosa na voz de seu pai, Martinho da Vila, com o verso "fora, Temer/fora, Temer" no lugar de "Madalena, Madalena".

Quando subiu no trio elétrico, Caetano Veloso foi saudado aos gritos de "Fora, Temer" e emendou com a música "Podres Poderes". Mano Brown também alternou palavras de ordem com músicas que retratam a realidade da periferia.

As críticas aos políticos inspiraram até uma poesia, declamada pela poeta e atriz Elisa Lucinda. "Esse momento é crucial, nós estamos sendo violentados", afirmou, antes de declamar a poesia, sobre corrupção e falta de dinheiro para educação e saúde.

O público começou a se aglomerar na Avenida Atlântica no fim da manhã. Os grupos levavam bandeiras de entidades como Central Única dos Trabalhadores (CUT) e União da Juventude Socialista, ligada ao PC do B, e cartazes. Partidos de esquerda mais radicais, como o PSTU, que têm sido ativos nos protestos contra Temer, não participaram do ato por divergências com outras entidades e partidos que ajudaram a organizar a manifestação.

O famoso jingle da primeira campanha de Lula à presidência, em 1989, ganhou nova versão. "Olê, olê, olê, olá / diretas, já", entoava o público, que também cantou "Um, dois três, quatro, cinco mil / queremos eleger o presidente do Brasil". As informações são do jornal

O Estado de S. Paulo.

Exército sul-coreano diz que Coreia do Norte fez novo lançamento de míssil

A Coreia do Norte fez, no último domingo (28), um novo lançamento de míssil balístico a partir do Litoral Leste, informou o Exército sul-coreano.
De acordo com a Agência EFE, o lançamento foi feito às 5h39 (horário local, 17h39 de domingo em Brasília) da cidade de Wonsan, no Sudeste do país.  O Estado Maior Conjunto sul-coreano acredita que se trata de um míssil do tipo Scud. O projétil percorreu 450 quilômetros na direção leste, segundo a Coreia do Sul, que está analisando mais informações com os Estados Unidos.
O presidente sul-coreano Moon Jae-in convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional para tratar do último ato do país vizinho, informou a agência local Yonhap.

Este é o nono teste desse tipo neste ano e o terceiro desde que Moon chegou à presidência da Coreia do Sul. O mais recente ocorreu no último dia 21. O regime liderado por Kim Jong-un assegurou, à época, ter testado um novo tipo de projétil, o Pukguksong-2, com o qual considera ter obtido dados valiosos para o seu programa armamentista.
Apenas uma semana antes, em 15 de maio, a Coreia do Norte lançou o Hwasong 12, outro novo projétil de médio alcance, mostrando importantes avanços em relação ao desenvolvimento de um míssil intercontinental com chance de alcançar o território americano.
Os constantes ensaios armamentistas do país levaram a um aumento da tensão na região e à piora da relação com o governo do presidente norte-americano, Donald Trump.
Os especialistas consideram que, com esses últimos testes, o regime de Kim estaria pondo à prova o novo governo sul-coreano, que chegou ao poder no início do mês com a promessa de melhorar os laços com o Norte, mantendo, ao mesmo tempo, o mecanismo de sanções que pesam sobre o país vizinho.

sábado, 27 de maio de 2017

Criança morre com otite que os pais recusaram tratar com medicamentos

Morreu, este sábado, em Itália, uma criança de sete anos, na sequência de uma otite tratada apenas com recurso a homeopatia, que acabou por danificar as funções vitais do doente. Segundo a imprensa italiana, os pais do rapaz recusavam-se a administrar medicamentos ao filho.


O pequeno Francesco, doente há duas semanas, estava internado, em coma, num hospital em Ancona, Itália, desde quarta-feira, quando lá chegou semiconsciente e com febre alta. Os médicos declararam morte cerebral no sábado de manhã.
De acordo com o italiano "Corriere della Sera", que tem o caso como manchete, a criança era tratada por um homeopata desde os três anos e esta não era a primeira vez que os pais - alegadamente contra o uso de antibióticos - tinham recorrido à terapia alternativa para curar infeções de ouvido.
Como das outras vezes, Francesco queixou-se de dores de ouvido, febre, nariz entupido. Sintomas clássicos e, aparentemente, não preocupantes que os pais dizem ter sido sempre curados "sem complicações" pelo mesmo homeopata que, desta vez, garantiu que o menino ia ficar bem.
O que aconteceu foi que, apesar das garantias, o estado de saúde da criança foi-se deteriorando de há duas semanas para cá, e a infeção não ficou curada, tendo-se acabado por estender ao tecido cerebral.
Em entrevista ao jornal "Resto del Carlino", o avô da criança disse que os pais "confiavam cegamente" no homeopata, Massimiliano Mecozzi, e assegurou que foi ele quem aconselhou o casal de comerciantes a não levar Francesco ao hospital.
Os pais vão agora, diz a imprensa italiana, processar Mecozzi.

PF apreende na casa de Aécio anotações identificadas como ‘cx 2’

BRASÍLIA – A Polícia Federal apreendeu no apartamento do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) uma série de papéis e objetos, dentre eles uma anotação manuscrita com a inscrição “cx 2”, conforme indica o relatório dos investigadores enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). A operação foi realizada em 18 de maio no apartamento que o parlamentar mantém na Avenida Vieira Souto, no Rio de Janeiro. Na ocasião, também foram levados 15 quadros e uma escultura, classificados pela PF como obras de arte.

No relatório, consta a apreensão de “diversos documentos acondicionados em saco plástico transparente, dentre eles um papel azul com senhas, diversos comprovantes de depósitos e anotações manuscritas, dentre elas a inscrição 'cx 2' ".
Também foi apreendido na residência do senador um aparelho bloqueador de sinal telefônico, um telefone celular e um pen drive. 
No mesmo dia, outra operação de busca e apreensão foi realizada no gabinete de Aécio no Senado, onde foram encontrados outros documentos. Foi apreendida “uma pasta transparente contendo cópias da agenda de 2016 onde verifica-se agendamento com Joesley Batista”. Também foram retiradas do local “folhas impressas contendo planilhas com indicações para cargos federais, com remuneração e direcionamento em qual partido político pertence ou foi indicado”.
No gabinete de Aécio, também foram encontradas “folhas impressas no idioma aparentemente alemão, relativo a Norbert Muller”. 
De acordo com outras investigações, Muller era um doleiro especializado em abrir contas no exterior para políticos.
A PF encontrou ainda uma “folha manuscrita contendo dados de CNO (Construtora Norberto Odebrecht)” e um “caderno utilizado para realizar agendamentos, tendo presente Joesley Batista”, também de acordo com o relatório produzido pelos investigadores. Num outro papel manuscrito, havia anotações citando “ministro Marcelo Dantas”, em possível alusão ao ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), investigado no STF por tentativa de obstruir as investigações da Lava-Jato. Havia no gabinete também “folhas manuscritas contendo correlação entre inquérito e termos de colaboração”.

DEFESA NEGA ILEGALIDADE
Em nota, o advogado do senador, Alberto Zacharias Toron, afirmou que "uma eventual referência a CX 2 não significa qualquer indício de ilegalidade".
Toron ainda lamentou que "citações sem qualquer informação real sobre a que se referem ou mesmo alguma contextualização que permitam o seu devido esclarecimento estejam sendo divulgadas para a imprensa".
A nota ainda diz que "Aécio reitera que em toda sua vida pública, nas campanhas de que participou, agiu de acordo com o que determina a lei", e informa que o senador está à disposição da Justiça para ser ouvido".

Histórias que a Bíblia não Conta/A Infância de Jesus

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Mulher apontada como babá de Michelzinho ganha novo cargo no Planalto

Resultado de imagem para michelzinhoA servidora Leandra Barbosa dos Santos Brito, suposta babá do filho do presidente Michel Temer paga pelo Palácio do Planalto, foi nomeada pela Casa Civil para uma nova função nesta quinta-feira (25). Ela passará a exercer a função de assessora técnica do gabinete pessoal do presidente.
Antes, Leandra Brito ocupava, oficialmente, o cargo de assessora técnica no Gabinete-Adjunto de Informações em Apoio (Gaia), do gabinete pessoal de Temer. O presidente sempre negou que ela fosse babá do filho, que tem 8 anos.
O “Diário Oficial da União” desta quinta traz a nova nomeação, mas não inclui a exoneração da servidora do cargo anterior. Ela também
Segundo o jornal “O Globo”, a servidora dava expediente no Palácio do Jaburu, residência oficial do presidente. No cargo antigo, ela acompanhou a família Temer em viagens particulares. A remuneração era de R$ 5,1 mil mensais, fora as diárias com as viagens.
A remuneração continua a mesma na nova função atual. O G1 procurou a assessoria da Presidência da República para esclarecer quais funções Leandra desempenhará a partir de agora e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.

ATeuVendo Brasilia

Indireta une PSDB e PMDB

SÃO PAULO. O avanço na costura para a sucessão de Michel Temer (PMDB), caso o presidente seja mesmo cassado como a classe política espera em julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no próximo dia 6, passa hoje pela definição na composição da chapa. PSDB e PMDB assumem esse processo nos bastidores. Por isso, os dois nomes que lideram a bolsa de apostas de candidatos para a eleição indireta prevista na Constituição, Nelson Jobim (PMDB) e Tasso Jereissati (PSDB), podem, ao fim do processo, serem presidente e vice do Brasil.
1Hoje o nome de Jobim é mais forte porque ele tem interlocução com o PT e o PSDB. Ex-ministro da Defesa de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, a quem desprezava, o peemedebista é visto como a melhor figura de autoridade para esse momento de crise. Teria apoio do PSDB, já que ele foi ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso, e influência no Supremo Tribunal Federal (STF), Corte que já presidiu e na qual tem aliados como os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli.
Pesa contra Jobim o fato de ser sócio do BTG, banco investigado na Lava Jato, embora nada tenha surgido contra ele até aqui. O mesmo ocorre em relação às investigações da operação sobre a compra de submarinos franceses, maior negócio de sua gestão na Defesa, embora aqui a apuração ainda está incipiente e foi reforçada por um inquérito aberto na França.
Após a morte do criminalista Márcio Thomaz Bastos, em novembro de 2014, Jobim passou a trabalhar como consultor de grandes empreiteiras enroladas na Lava Jato. Informalmente, ele coordenava estratégia de defesa entre elas, até que cada uma decidiu seguir rumo próprio – acabaram no mesmo lugar, ao fim.
Já Tasso Jereissati, homem do setor privado com três passagens pelo governo do Ceará, é visto com bons olhos pelo empresariado e tem boa interlocução no Congresso. O principal problema contra si é o fato de que o PT não aceita seu nome na cabeça da chapa, pois um eventual sucesso numa transição automaticamente o cacifaria para disputar a Presidência em 2018.
Não que o PT seja tão determinante, mas tudo o que o eventual governo tampão não precisa é de mais atritos internos no Parlamento. Há dúvidas também sobre seu poder de sedução junto ao baixo clero da Câmara, talvez de 60% a 70% dos 594 eleitores indiretos.
Outro fator imponderável é a saúde de Tasso, que é cardíaco e carrega pontes de safena. Segundo interlocutores, ele está bem, mas poderia aceitar um compromisso de não postular o cargo no ano que vem em nome da estabilidade política. Assim, as negociações dos próximos dias poderão definir a ordem dos fatores na equação.
Outros nomes circulam, cada um com seus prós e contras. Henrique Meirelles (atual ministro Fazenda) hoje é visto mais como peça indispensável para ficar no governo e transmitir confiabilidade aos mercados. Rodrigo Maia (presidente da Câmara) é cortejado pois terá influência no baixo clero, mas caciques não o querem candidato. Cármen Lúcia (Supremo) e FHC dizem não desejar a indicação. O ex-presidente, aliás, é uma espécie de centro de gravidade das discussões do pós-Temer, ouvindo e sendo ouvido por todos os setores.


BASTIDORES

Saída honrosa. Para pessoas próximas de Temer, ganhou força a visão de que o processo de cassação da chapa Dilma-Temer no TSE é a saída honrosa que o peemedebista precisa para deixar o cargo.
Culpa. Parlamentares com trânsito no Palácio do Planalto têm avaliado que Temer resiste em renunciar apenas para que o ato não pareça uma admissão de culpa. Ele, no entanto, não pretenderia se manter no cargo a qualquer custo.
Renúncia. Surgiu, porém, a informação de que a cúpula do governo vem articulando uma estratégia que permita a renúncia dando garantias de que Temer não irá para a prisão. Ele teria concordado com a ideia, e alternativas como indulto (forma de extinção de pena) ou pedido de asilo chegaram a ser discutidas. O plano estaria sendo orquestrado pelos ex-presidentes José Sarney e FHC e pelos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL).


OPÇÃO VIÁVEL

Lula diz que apoio só se for nome de centro

BRASÍLIA. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu ordem para que o PT insista na defesa das eleições diretas visto que, na avaliação do petista, um nome de centro não será incluído pela base de Michel Temer no processo de eleições indiretas caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) casse o presidente peemedebista.
Segundo a reportagem apurou, Lula disse a aliados que, como oposição, o PT não conseguiria influenciar no processo de sucessão de Michel Temer, muito menos no novo governo, e que só seria possível entrar no debate por eleições indiretas caso um nome considerado de centro aparecesse como opção viável.
Na avaliação de dirigentes petistas, porém, a ventilação de perfis como o do ex-ministro da Justiça e da Defesa Nelson Jobim, que tem a simpatia de Lula, só tem o objetivo de adoçar a boca do PT e fazer com que o partido não atrapalhe a articulação por eleições indiretas caso Temer deixe a Presidência.
O ex-presidente, por sua vez, acredita que o acordo que está sendo costurado pela trinca que sustenta o governo Temer, formada por PMDB, PSDB e DEM, não prevê, de fato, Nelson Jobim e trabalha por perfis conservadores, que deem continuidade à agenda reformista do peemedebista.
Com o discurso das diretas, o objetivo de Lula é manter o partido próximo a movimentos sociais e à militância do partido. Presidente nacional do PT, Rui Falcão afirmou que conversou esta semana com o senador João Capiberibe (PSB-AP) sobre a formação de uma frente, com PCdoB, PDT, Rede, PSOL, PSB e PT na defesa das diretas. O objetivo é que o movimento ganhe ares além dos partidos, com intelectuais, artistas, etc.