domingo, 24 de dezembro de 2017

Odebrecht e Andrade Gutierrez têm indícios de pagamento ilegal a Aécio

Resultado de imagem para aecioA Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal investigam a suspeita de que o senador Aécio Neves, do PSDB, tenha recebido propina para defender os interesses da Odebrecht e da Andrade Gutierrez na construção de uma usina hidrelétrica.
Hidrelétrica de Santo Antônio, Rio Madeira, Rondônia.... Essa é a Usina que está gerando o mais recente capítulo de denúncias contra o senador mineiro, Aécio neves, do PSDB.

A reportagem publicada neste sábado (23) pelo Jornal O Globo revela que a ''Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal (PF) encontraram novos indícios que, de acordo com os investigadores, reforçam a suspeita de que o senador Aécio Neves recebeu propina para atuar em nome de empreiteiras na construção da Usina''.

De acordo com a reportagem, a acusação contra o Tucano foi ''relatada por ex-executivos da Odebrecht em acordos de colaboração premiada''.

E teve impacto direto na delação de outra empreiteira, ''a Andrade Gutierrez, que foi obrigada a esclarecer sua participação no episódio''.

De acordo com os executivos da Odebrecht, ''Aécio recebeu R$ 50 milhões".

Trinta milhões foram repassados pela Odebrecht e R$ 20 milhões pela Andrade Gutierrez.

A matéria de O Globo informa que ''A Odebrecht sustenta a acusação com comprovantes bancários'' entregues nos últimos meses, ''Que, segundo a empresa, comprovam depósitos para o senador Tucano, por meio de uma conta de offshore em Cingapura'', que havia sido citada por ''Um de seus ex-executivos, Henrique Valladares'', em depoimento à PGR.

O recibo dos pagamentos está reproduzido na reportagem. 

O titular da conta ainda não foi revelado, mas Valadares diz que a conta está vinculada ao empresário ''Alexandre Accioly, padrinho de um dos filhos de Aécio e integrante do grupo mais restrito de amigos do Tucano''.

O Globo destaca que ''em depoimento à PGR, o delator Henrique Valladares disse ter sido orientado por um emissário de Aécio, Dimas Toledo, a depositar parte dos valores em uma conta bancária de Cingapura.

Henrique Valladares: “O Dimas me traz um papelzinho com o nome do Accioly, eu sabia que era amigo do governador, o governador também estava nessa mesa. Ele me trouxe o papel com o nome do Accioly. O que me recordo é que era em Cingapura a conta.”
Interlocutores da Odebrecht informaram a procuradores e integrantes da Polícia Federal que a conta de Cingapura é da offshore Embersy Services Limited, sediada nas Ilhas Marshall, país com pouco mais de 60 mil habitantes, localizado no Oceano Pacífico''.

''Nos registros internos da empreiteira [Odebrecht], a transferência de valores para a Embersy está vinculada ao código "Mineirinho" forma como Aécio era identificado nos sistemas de propina''.

A reportagem do jornal revela que Henrique Valladares relatou que o pagamento a Aécio foi acertado numa reunião com a presença de Marcelo Odebrecht. Esse encontro teria sido no início de 2008, em Belo Horizonte.  
A reportagem também afirma que de acordo com o ex-presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, o objetivo dos pagamentos a Aécio era influenciar decisões na Companhia Elétrica de Minas Gerais, estatal de energia mineira, e Furnas, estatal federal, a favor da empreiteira baiana.

Executivos da empreiteira Andrade Gutierrez confirmaram as denúncias. "Em depoimento à Polícia Federal, o ex-executivo e delator da empreiteira [Andrade Gutierrez], Flávio Barra, confirmou o repasse de R$ 20 milhões a Aécio por meio de um contrato com a Aalu Participações e Investimentos, empresa controladora da rede de academias Bodytech que pertence ao empresário carioca [Alexandre Accioly], a uma sobrinha dele e a um ex-banqueiro.''
O senador Aécio Neves afirmou que as acusações são falsas e absurdas. Que jamais recebeu qualquer recurso ilícito e que as doações para campanhas eleitorais dele jamais tiveram contrapartida.
Alexandre Accioly declarou que a Andrade Gutierrez é sócia na holding que administra a rede de academias Bodytech. E que a documentação apresentada pela Odebrecht vai provar que ele nunca foi titular ou beneficiário de conta em Cingapura.
A Andrade Gutierrez disse que adquiriu uma opção de compra de ações da empresa de Accioly mas nunca exerceu esse direito. E que colabora com as investigações para corrigir seus erros.
A Odebrecht afirmou que está colaborando com a justiça e comprometida a combater a corrupção.
A defesa de Dimas Toledo declarou que ele jamais intermediou recursos para Aécio Neves - ou a pedido dele. E que não orientou quem quer que seja a efetuar depósitos em favor de Alexandre Accioly.

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